quinta-feira, 14 de maio de 2015

- sem nome - (Rumi)

O Amor é o astrolábio dos mistérios de Deus.
O amante pode suspirar de amor em amor,
Mas finalmente ele será atraído ao Rei do Amor.
Por mais que descrevamos ou expliquemos o Amor,
Quando nos apaixonamos, envergonhamo-nos com nossas palavras:
Por mais que explicações pela língua tenham clareza,
Amor inexplicado é ainda melhor.

(traduzido de DAVIS, Hadland. Wisdom of the east: the persian mystics. London: John Murray, Albermarle Street, 1907. p.69)

- sem nome - (Rumi)

Quando o cálamo se apressa a escrever,
Parte-se em dois ao alcançar o assunto do Amor.
Quando o discurso toca na substância do Amor,
O cálamo se quebra e o papel se rasga.
Tentando explicá-lo, a Razão escorrega como um asno na lama;
Nada além do Amor explica o amor e os amantes!
Nada além do sol mostra o sol:
Se deseja contemplá-lo, não se desvie dele.
As sombras indicarão a presença do sol,
Mas apenas o sol revela a luz da vida.

(excerto traduzido de WHINFIELD, E. H. Masnavi i ma'navi: the spiritual couplets of Maulána Jalálu-'d-dín Muhammad I Rúmi. London: Trübner & Co., Ludgate Hill, 1887, p.5)

Colocando o amor em palavras (Rumi)

Escrevi muitos versos inflamado pelo Amor;
Uma vez Amando, deles tenho me envergonhado!

Palavras podem iluminar, poemas os corações tocar;
Mas o Amor, parece, que estas artes pode ultrapassar.

[traduzido de http://goo.gl/6HKLry]

Realizações do professor (Ibn 'Arabi)

As pessoas pensam que um Mestre deve realizar milagres e manifestar a iluminação. O que deve ser exigido do professor, no entanto, é que ele possua tudo aquilo de que o discípulo necessita.

[traduzido de http://www.rumi.org.uk/sufism/ibnarabi.htm]

Mortalidade e Imortalidade (Jalalu'd-din Rumi)

Que bela Noiva está na alma! Que o mundo seja, pelo reflexo de Sua face,
Revigorado e colorido como as mãos dos recém-casados.
Não observe aquela face que se corrompe e apodrece,
Mas a face espiritual - e que ela seja doce e agradável!
O corpo escuro remete ao corvo e ao inverno do mundo do corpo;
Apesar destes dois indesejáveis, que haja uma Eterna Primavera!

(traduzido de ASHRAF, Muhammad. The persian mystics: Jalalu´d-din Rumi. Lahore: Kashmiri Bazar, 1907. p.41-41)