segunda-feira, 13 de maio de 2013

Orgulho de ser fundamentalista


Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

Seguir uma religião em seus fundamentos é o dever de todo religioso. Seguir a base de sua religião, aquilo que realmente faz dela uma arma contra a ignorância e a maldade, é um dever daquele que diz procurar a Palavra de Deus. Assim, gostaria de listar alguns pontos que me vem à mente quando percebo que sou um fundamentalista. Sim, sou um fundamentalista islâmico com o maior orgulho de sê-lo. Tenho certeza que muitos não concordarão que esse é o fundamento da minha religião, da minha fé, mas tenho certeza que são - ou não seguiria o Islam em meu coração.

Alguns pontos que destaco do meu fundamentalismo islâmico:

  • Um extremo respeito pelas diferentes manifestações humanas em sua pluralidade;
  • A obrigatoriedade de pensar no próximo como alguém dotado de razão e de conhecimentos que não possuo;
  • O pacto que faço comigo mesmo de não irritar ou agredir as pessoas;
  • O dever de sempre ter paciência e misericórdia com meus irmãos;
  • Uma compaixão que deve ser trabalhada cotidianamente;
  • Uma abertura para a razão e seus usos;
  • A consideração de que todos, por mais que discordem, possuem seu quinhão de razão;
  • A obrigação pela procura do conhecimento em suas mais diferentes formas e apresentações;
  • O pressuposto de que posso estar errado, uma vez que não passo de um ignorante;
  • A inclinação para perdoar as pessoas que me cometem algum malefício e de ajudar as pessoas sem se importar com o que fizeram, fazem ou que virão a fazer contanto que não prejudiquem alguém;
  • A defesa da liberdade de consciência alheia;
  • A recomendação pelo abrandamento de todas as penas, uma vez que as pessoas erram por ignorância;
  • A aceitação das pessoas que discordam necessariamente de mim.
Gostaria, sinceramente, que todos fossem extremamente fundamentalistas desse modo. O Islam veio libertar as pessoas de todos os modos de opressão. É uma pena que sob a bandeira do Islam, muitas formas de opressão tenham se manifestado. Acredito que o Islam, na verdade, indica que um mundo ideal na vida terrestre é possível: um mundo onde ateus, cristãos, judeus, hindus; negros, brancos, amarelos, pardos, vermelhos; árabes, asiáticos, africanos, europeus, americanos; heterossexuais, bissexuais, homossexuais, possam todos viver em Paz, contribuindo para o desenvolvimento mútuo em prol da união.

... gostaria de terminar com uma reflexão que fiz observando uma pichação, que dizia: "Todo poder para o povo". Não, todo o poder não deve ser do povo, nem da elite, nem de nenhum humano. Todo poder é de Deus: só Ele é digno do poder (numa visão ateísta, o poder não deve ser de ninguém). Enquanto os Homens distribuírem o poder uns para os outros, disputando e discutindo, teremos injustiças e incoerências. Somente quando abdicarmos do poder e percebermos que somos todos irmãos, sem ninguém superior a ninguém, independentemente de sua concepção de vida, que teremos o fim do poder terrestre e a vinda do Reino de Deus.

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