quarta-feira, 1 de maio de 2013

Uma única religião?


Que a paz, as bençãos e a misericórdia de Deus estejam convosco e conosco.

Não existem etnias superiores umas às outras. Todas possuem características particulares e semelhanças extremas.

Não existem línguas superiores umas às outras. Todas possuem potenciais e elementos criativos e comunicativos essenciais para seus usuários-possuidores.

Por que o mesmo não é válido para a religião? Por que o totalitarismo invade o pensamento religioso com tamanha facilidade? É lamentável que a racionalidade não seja uma faculdade que tenha sido generalizada ao observarmos a pluralidade religiosa de nosso mundo. Essa mesma pluralidade religiosa indica algo maravilhoso, indica que Deus nos fornece milhares de caminhos para chegarmos a Ele, caminhos esses que podem ser trilhados do modo que for - mas são sempre caminhos particulares. Indica mais ainda: que no Dia do Juízo, quem estará julgando é Deus. Não o Homem, cheio de apreensões provisórias e pré-noções. Apressem-se, irmãos e irmãs, em praticar as boas obras. O que importa é o que fizemos uns para os outros como irmãos e irmãs na fé e na humanidade antes que nossos dias tenham término. O que se passa em nossos corações importa para Deus. Uma vez que ele é o Clemente, o Misericordioso, nossas ignorâncias e falhas de concepção pouco importarão; Deus não precisa do Homem. O Homem precisa de Deus, mas esse se manifesta, como já disse, (também) nos corações dos Homens.

O sonho de uma única religião cabe aos inimigos da humanidade plural e multifacetada, da única humanidade que conhecemos e na qual existimos. Terminar com as diferenças parece nunca ter sido a Vontade de Deus... Se fosse, qual seria o obstáculo que impediria Sua Vontade? Os sonhos de uma única religião planetária pertencem ao totalitário e absolutista, não àquele que medita sobre a Vontade do Criador.

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